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Sociedade dos Filósofos Mortos:

FRIEDRICH NIETZSCHE


Friedrich Nietzsche foi um grande filosofo alemão que nasceu em Röcken, 15 de outubro de 1844. Este clássico pensador alemão estudou na Universidade de Bonn, na área de filosofia clássica e teologia evangélica, porém, mudou de Universidade logo depois para a Universidade de Leipzig, na área de filosofia clássica e teologia evangélica. Aos seus 24 anos se tornou professor de filologia na Universidade de Basileia(esta seria a mesma Universidade que seu professor Friedrich Wilhelm Ritschl seria transferido junto com Nietszche).

Nesta mesma Universidade ,Nietzsche desenvolveu sua pesquisa seguindo a linha filosófica grega antiga, com predileções pré-socráticas. Algumas obras mais importantes seriam: “Assim falou Zaratustra”, “A Gaia Ciência” e “Ecce Homo”.

O mundo é a vontade de poder, e nada mais. É o segredo de toda a força psíquica, orgânica ou mecânica, e a sua essência é a expansão e a dominação. No entanto, a vontade de poder não vai até ao fim de si mesma em todos os seres, é susceptível de graus e de qualidades diferentes. E como todos os juízos de valor que o homem faz expressam a sua vontade de poder, o valor das suas apreciações depende da qualidade desta vontade. Daí a possibilidade de estabelecer uma hierarquia axiológica que representa o retorno das velhas tabelas de valores. "O que é que é bom? Tudo aquilo que eleva no homem o sentimento do poder, a vontade de poder. O que é que é mau? Tudo o que provém da fraqueza." Ora, é a fraqueza que é a fonte de todos os valores comumente recebidos e, em primeiro lugar, dos valores morais e religiosos: o amor pelos inimigos, a humildade, a piedade são características de almas "moles" e servis. Isto não quer dizer que os seres medíocres não tenham vontade de poder: têm-na, só que se encontra disfarçada no seu contrário, degradada, e envereda pelas vias sinuosas do ressentimento. Oprimidos e humilhados pelos fortes, os fracos vingam-se desacreditando a força e exaltando a debilidade e a pequenez.

Os valores ligados à crença no verdadeiro têm também origem na fraqueza: é o ressentimento contra o mundo real que leva o filósofo a identificar o ser verdadeiro com o suprassensível; por outro lado, Nietzsche vê no homem objetivo, impessoal, que se quer mero espelho dos factos, uma "espécie de escravo", um instrumento de precisão não uma vontade.

Como é que se pode restabelecer e "elevar" no homem a vontade de poder? Pela negação da existência de qualquer outro mundo e pelo sentido da terra. Pela renúncia ao culto da verdade, que paralisa a vontade criadora e prejudica a vida, que tem como suportes necessários a ilusão e o erro: aliás, um mundo identificador com a vontade de poder, isto é, com o devir não pode proporcionar um conhecimento verdadeiro; se tudo é fluido e fugidio, não há factos, há unicamente interpretações que variam conforme as perspectivas. Por último, o homem superior não deve pactuar com as "virtudes" dos fracos, deve libertar-se da má consciência, amar-se a si mesmo e ousar ser ele próprio; para criar e impor os seus valores, "é necessário ser-se duro e capaz de infligir grandes sofrimentos": não por egoísmo, mas por "amor do longínquo", do futuro, pelo qual se sente responsável. Deve também dominar-se a si mesmo e modelar-se, pois o "tipo homem" só pode ser elevado pela "arte perpétua de se vencer a si mesmo". O desabrochar da autêntica vontade de poder anuncia e prepara a aparição do super-humano anunciado por Zaratustra: "Um dia virá até nós esse homem libertador... esse antimilitar, esse vencedor de Deus e do nada." A sua adesão total à vida e ao amor do destino darão origem a uma alegria que de modo algum impedirá a aquiescência à dor.

Mas "a alegria quer a eternidade". Num mundo onde o devir é a única realidade, esta eternidade só é concebível sob a forma do eterno retorno do mesmo: "Homem, reencontrarás cada uma das tuas dores e cada uma das tuas alegrias." Assumir este pensamento que imprime ao devi r o carácter do ser, quere-ló constantemente, é a mais alta expressão de afirmação de vida e a forma superior de vontade de poder


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